The Blog Directory Blog Directory Free Blog Directory Blog Listings Barreiro Overnight: Tudo pela pátria

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Tudo pela pátria

Os israelitas são uns tipos muito dedicados à pátria e, certamente, eles lá terão as suas razões culturais, históricas, religiosas, económicas e outras. Expulsos da sua terra e perseguidos, obrigados a atravessar mares que se abriram para o efeito e depois afogaram todos os perseguidores, as grandes travessias do deserto que não deviam ser pêra doce, a perseguição dos nazis que levou ao extermínio de milhões de judeus, a porrada continuada com os vizinhos, que nunca vai terminar, a preocupação em como gerir algumas das maiores fortunas do mundo e, ainda assim, continuar a fazer com que cresçam à conta de outros mais incautos, são apenas alguns bons motivos para tamanha dedicação.

Todos os cidadãos maiores de 18 anos cumprem serviço militar, independentemente do sexo (3 anos para os homens e 2 para as mulheres), passando depois à reserva onde cumprem períodos de serviço, que podem variar em função das necessidades, mas que habitualmente duram de 30 a 60 dias por ano. As mulheres servem na reserva até aos 24 anos, enquanto os homens o fazem até aos 40. Para os que pretendem seguir a carreira militar, a aposentação ocorre após 20 anos de serviço.

Toda a gente sabe que os judeus actuais, quando não estão a dar cabeçadas no Muro das Lamentações, estão entretidos com uma guerra qualquer ou então a engendrar esquemas para enriquecerem ainda mais de uma forma que não lembrava ao mais pintado. Vai daí que os seus serviços secretos não sosseguem um minuto, recuperando um traidor fugitivo aqui, eliminando um dirigente inimigo ali, sequestrando um activista mais além ou espiando seja o que for acolá. Isto por todo o mundo e abrangendo áreas de interesse tão dispersas e variadas que nem eles próprios devem saber quais são na totalidade.

Como é apanágio dos países daquela parte do mundo, a política e a governação estão estreitamente ligadas à religião, que tudo controla, tal como aqui na Europa acontecia no passado com a religião católica. Assim sendo, certos actos do estado, nomeadamente das forças armadas ou de segurança, dependem do sim da igreja, para serem considerados legítimos.

É nesse contexto que um senhor rabino, de seu nome Ari Shvat, de quem nunca ouvi falar antes nem nunca vi mais gordo nem mais magro, vem aliviar os responsáveis e operacionais do Mossad (os tais serviços secretos super-bons, que se fartam de limpar o cebo a malta por esse mundo fora e de fazer as falcatruas mais mirabolantes que se possam imaginar), afirmando, como conclusão de um estudo elaborado para o efeito, que as mulheres israelitas podem dormir com o inimigo, no interesse da segurança nacional.

"Illicit Sex for the Sake of National Security" é o título da obra - se quiserem, traduzam vocês a coisa à vossa maneira - que aponta exemplos bíblicos, como o da rainha Ester, que terá casado com um rei persa, que se crê ser Xerxes, para salvar o povo judeu, ou o de Yael, uma mulher casada que seduziu o general Sisera, o qual matou, com o mesmo fim.
No Mossad são várias as agentes que recorrem aos seus dotes sexuais e de sedução para levar a cabo as suas missões, a mais conhecida de todas, Cheryl Bentov, Cindy de seu nome de guerra, seduziu Mordechai Vanunu, um antigo técnico nuclear israelita que revelara segredos sobre o programa atómico, fazendo com que ele a acompanhasse de Londres a Roma, onde acabaria por ser raptado e levado para Israel. Também o assassínio de operacionais do Hamas tem, variadas vezes, sido conseguido com o recurso a estas "funcionárias de S. Valentim". Chamam a este tipo de operações "honey traps".

O rabino diz que o Talmude há mais de 1000 anos considera louváveis tais actos. "Os nossos sábios de abençoada memória elevaram tais actos de dedicação ao topo da pirâmide dos mandamentos da Lei Judaica". Esclarece ainda que o ideal é que tais agentes devam ser solteiras, em todo o caso, se forem casadas, aconselha que se divorciem antes de levar a cabo tais missões, voltando a casar-se com o ex-marido após concluído o "trabalho", evitando assim situações de adultério.

Tintoretto - A mulher apanhada em adultério

È só rir maltinha. Então se estiverem divorciadas não é adultério? Bem visto. Até os chulos não consideram o trabalho das prostitutas como traição, afinal é só trabalho e se trabalho é trabalho e conhaque é conhaque, então para quê o divórcio? O homem vai ao ponto de sugerir uns divórcios em série, uns quantos papéis pré-ajustados aos quais faltam apenas pequenas formalidades para se tornarem válidos, de modo a fazer face a missões urgentes. Um rir completo!...

Resta acrescentar que ele nunca vai ter esse problema - mesmo que a respectiva esposa, levada pelo fervor patriótico e por uns calores mais mal apagados, ao saber da douta opinião do marido, resolva oferecer-se como voluntária para uma dessas missões - pois a Lei Judaica não permite que as esposas dos sacerdotes recorram a esta artimanha, por maior que seja a ânsia em servir a pátria, já que os sacerdotes não podem casar com mulheres divorciadas.
Muito bem prega São Tomás, faz como ele diz, não faças como ele faz.


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