Decidido a melhorar os meus skills oratórios no tocante à política internacional resolvi focar-me na Colômbia, um país da América do Sul que de vez em quando anda na boca de muita gente e, mais regularmente, nos narizes de muitos mais. A capital é Bogotá mas a cidade mais conhecida em todo o mundo é Medellín, por causa de uma rapaziada lá da zona que mandava tanto ou mais no país que os governantes da capital. As suas maiores exportações são a coca e os objectos em que ela é dissimulada para sair do país: sejam peças de mobiliário, roupa interior, preservativos para fazer bolinhas e inserir no recto, pneus importados por dirigentes desportivos ou outros.
No passado dia 14 realizaram-se eleições e o partido do actual presidente, um tal de Uribe, deve manter a maioria dos tachos a que as suas listas, compostas por modelos, militares reformados, ex-reféns das FARC, apresentadores de televisão e até alguns políticos mais ou menos de verdade concorriam. Eram 102 os cadeirões disponíveis no Senado e não me interessa nada quem vai sentar-se neles. Já no que toca aos 166 da Câmara dos Representantes a coisa muda de figura e só não me importo com 165, o lugar restante espero que seja ocupado pela candidata Maria Fernanda Valencia, que assim terá a oportunidade de mostrar ao mundo as suas qualidades.
A senhora é casada, tem 42 anos, três filhos, é advogada, já foi vice-ministra do Turismo e apresentadora de televisão. Sem boas ligações a nível político e com pouco dinheiro, conseguiu levar a sua campanha a saltar as fronteiras do seu país, de tal modo que eu próprio teria votado nela se tivesse nascido colombiano. Bastou prometer que caso fosse eleita posaria nua para a revista masculina Soho!... Manifestando-se disposta ao sacrifício pela causa pública e a oferecer aos outros o melhor de si, Maria consegue provar que numa campanha os melhores atributos dos candidatos nem sempre são políticos. Só nos basta rezar para que a Manuela Ferreira Leite nunca prometa fazer o mesmo, não vá o diabo tecê-las e ela ganhar...
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Passados tantos dias apetece perguntar: onde param os jornalistas portugueses? Que é feito do nosso direito à informação? Onde estão os resultados das eleições na Colômbia? Eu não quero saber se foi o partido do outro que ganhou, quero é saber se a Maria foi eleita!... Estou convencido que, ao contrário da maioria dos políticos, vai cumprir a sua promessa - a de se despir, claro, as outras, de melhorar não-sei-o-quê ou de fazer não-sei-quantos, não me interessam nem são para aqui chamadas, quem votou nela que se desenrasque. Onde estão as notícias sobre a Maria? Quero lá saber da Hillary! Essa está sempre nos noticiários, mas toda a gente concorda que se fosse alguma coisa de jeito o Bill não precisava de ter andado enrolado com a Monica. E a Merkel deve fazer a barba umas duas vezes ao dia...
Já a presidente da Ucrania, Yulia Tymoshenko, só deve cortar a pelagem em zonas mais recatadas - ou não - e à primeira vista aparenta fornecer boa matéria para uma conversa sobre política internacional digna de qualquer café e também da maioria das tabernas.
Se, num próximo escrutínio, pretender despir-se caso seja reeleita, acho muito bem. Terá o meu apoio incondicional e prometo fazer campanha junto da comunidade ucraniana que escolheu o nosso país para se estabelecer, no sentido de continuarem bem integrados na sociedade que os acolheu, preservando os laços que os unem à pátria, seja enviando uns euros à família, arrendando quartos a vizinhos lá da Ucrânia que chegaram há pouco e ainda estão ilegais ou cumprindo o seu dever cívico votando na Yulia para a presidência. Cozinheiras, jogadores de andebol, carpinteiros, strippers, médicos, empreiteiros, assaltantes de carrinhas de valores e tantos outros que aqui procuram uma vida melhor, a todos vou avisar que se não votarem na Yulia vão estar lixados comigo. O Barreiro Overnight não vai perdoar-lhes e vai fazer com que se sintam como ratinhos, açorianos ou alentejanos, aliás, vou começar a publicar aqui anedotas em que a célebre frase: Era uma vez um alentejano..., será substituída por: Era uma vez um ucraniano... Depois vão ver o que custa ser discriminado.
Por agora chega de política internacional que estas coisas são complicadas e cansam a cabeça às pessoas. Se a Maria foi eleita esperamos que mantenha a sua palavra e nos deixe ver, entre outras coisas, o traseiro que vai começar a sentar nos cadeirões da Câmara dos Representantes da Colômbia. Vai ser bom tema para debater na tasca lá do bairro, mas até lá vamos discutindo a bola e esperando por boas novas de Bogotá.
E já conhecem aquela do alentejano que ouviu nas notícias que havia indivíduos que ficavam ricos a trazer coca da Colômbia? Convocou o pessoal todo lá da aldeia e convenceu-os a juntar todas as economias que possuíam para que ele fosse à Colômbia comprar coca que depois traria para cá. Quando a vendessem iam ficar todos ricos. No regresso a aldeia em peso estava à sua espera no aeroporto. O homem trazia montes de caixotes na bagagem. Quando lhe perguntaram se tinha corrido tudo bem, de acordo com o planeado, respondeu que sim.
- Só houve uma coisita, mas não há problema.
- Mas trouxeste a coca? - perguntou o presidente da junta.
- Olhem, foi só isso que falhou. Fartei-me de procurar e não consegui encontrar, mas não se ralem que estamos safos na mesma. Trouxe Pepsi com fartura!
Já a presidente da Ucrania, Yulia Tymoshenko, só deve cortar a pelagem em zonas mais recatadas - ou não - e à primeira vista aparenta fornecer boa matéria para uma conversa sobre política internacional digna de qualquer café e também da maioria das tabernas.
Se, num próximo escrutínio, pretender despir-se caso seja reeleita, acho muito bem. Terá o meu apoio incondicional e prometo fazer campanha junto da comunidade ucraniana que escolheu o nosso país para se estabelecer, no sentido de continuarem bem integrados na sociedade que os acolheu, preservando os laços que os unem à pátria, seja enviando uns euros à família, arrendando quartos a vizinhos lá da Ucrânia que chegaram há pouco e ainda estão ilegais ou cumprindo o seu dever cívico votando na Yulia para a presidência. Cozinheiras, jogadores de andebol, carpinteiros, strippers, médicos, empreiteiros, assaltantes de carrinhas de valores e tantos outros que aqui procuram uma vida melhor, a todos vou avisar que se não votarem na Yulia vão estar lixados comigo. O Barreiro Overnight não vai perdoar-lhes e vai fazer com que se sintam como ratinhos, açorianos ou alentejanos, aliás, vou começar a publicar aqui anedotas em que a célebre frase: Era uma vez um alentejano..., será substituída por: Era uma vez um ucraniano... Depois vão ver o que custa ser discriminado.
Por agora chega de política internacional que estas coisas são complicadas e cansam a cabeça às pessoas. Se a Maria foi eleita esperamos que mantenha a sua palavra e nos deixe ver, entre outras coisas, o traseiro que vai começar a sentar nos cadeirões da Câmara dos Representantes da Colômbia. Vai ser bom tema para debater na tasca lá do bairro, mas até lá vamos discutindo a bola e esperando por boas novas de Bogotá.
E já conhecem aquela do alentejano que ouviu nas notícias que havia indivíduos que ficavam ricos a trazer coca da Colômbia? Convocou o pessoal todo lá da aldeia e convenceu-os a juntar todas as economias que possuíam para que ele fosse à Colômbia comprar coca que depois traria para cá. Quando a vendessem iam ficar todos ricos. No regresso a aldeia em peso estava à sua espera no aeroporto. O homem trazia montes de caixotes na bagagem. Quando lhe perguntaram se tinha corrido tudo bem, de acordo com o planeado, respondeu que sim.
- Só houve uma coisita, mas não há problema.
- Mas trouxeste a coca? - perguntou o presidente da junta.
- Olhem, foi só isso que falhou. Fartei-me de procurar e não consegui encontrar, mas não se ralem que estamos safos na mesma. Trouxe Pepsi com fartura!