Portugal era um pequeno país em que os mais antigos contavam aos mais novos histórias de grandeza, com grandes descobrimentos, grandes batalhas e grandes domínios espalhados pelo mundo fora. Assim uma espécie de Belenenses, que embora fazendo parte do restrito grupo dos clubes que já se sagraram campeões nacionais de futebol, só o foi por uma vez, e há tanto tempo que já não existem testemunhas de tão saudoso feito. Actualmente faz parte de uma coisa estranha chamada União Europeia e o último rasto da antiga portugalidade reside no facto de o Presidente do mais alto órgão dessa coisa se chamar Zé Manel. Como homenagem aqui fica "Portugal, Portugal" de Jorge Palma.
As Comunidades Portuguesas são constituídas por grupos de portugueses que se encontram lá fora a lutar pela vida, como dizia a Amália, cuja maior preocupação é juntar dinheiro para regressar a Portugal, abrir um café e mandar construir uma casa tipo maison. Alguns ainda guardam uns dinheiritos para oferecerem a gestores dos BPPs e outros quejandos. Para manter o espírito lusitano acompanham os jogos do campeonato nacional de futebol através da RTPi e organizam espectáculos com o Tony Carreira ou o Quim Barreiros. As novas gerações já só falam um português entremeado com outras línguas e preferem a Ana Malhoa. Se Camões fosse vivo faria parte de uma dessas comunidades certamente, só que em vez de andar a escrever poemas por África e pela Índia, talvez fosse trolha na Suiça ou empregado num aviário na Inglaterra.
Como se conclui, trata-se de um dia que celebra coisas de pouca importância. Tão pouca que teve de juntar três comemorações em um só, quando outros bem mais importantes, como o dia dos Namorados ou o Halloween, têm direito a 24 horas só para eles.
1 comentário:
Não conhecia, gostei e acho que a malha do Palma faz todo o sentido ...
Abraço!
Ass. Ex-futuro da modalidade. :p
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