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sábado, 24 de janeiro de 2009

O dia de Obama

A 20 de Janeiro, Barack Hussein Obama, tomou posse como 44º. presidente dos E.U.A.. Tornou-se assim o primeiro afro-americano a exercer o cargo, o que deu à sua investidura uma dimensão verdadeiramente universal, nunca alcançada pelas 43 anteriores.

O mundo inteiro rejubilou com a chegada deste novo Messias e a euforia assume as mais diversas formas. Afinal, num momento em que as sombras da crise e da recessão pairam sobre "o terceiro calhau a contar do Sol", sem ligar a fronteiras, raças ou credos, torna-se urgente acreditar em algo ou em alguém. Uma coisa é certa: qualquer um que viesse depois do Bush tinha sempre a vantagem de dificilmente conseguir ser pior. Até eu que andava um bocado deprimido já começo a ver as coisas mais claras.


Jimmy Cliff - I can se clearly now

Fui mais um a juntar aos milhares de milhões que assistiram em directo à cerimónia, da qual gostaria de destacar dois pormenores. Primeiro, o facto de não ter sido pronunciado o "Hussein" do nome do presidente, que foi substituído por um singelo "H". Talvez tivessem chegado à conclusão que já bastava o homem ser de raça negra, sem ter de exibir, ainda por cima, um nome que é usado por vários milhões de muçulmanos em todo o mundo, e malta dessa os americanos não gostam de ver nem perto da Casa Branca. Cá para mim só pronunciaram o "Obama" para o presidente não ficar a chamar-se apenas Barack H. O., o que soaria ao nome de uma qualquer empresa de produtos de higiene. O segundo pormenor prende-se com o famoso discurso que mudou, ou promete mudar, o mundo. É que essa peça de retórica, feita um pouco à semelhança dos textos e palavras dos astrólogos que são elaborados para que cada um se reveja nelas, ainda que minimamente, foi concebida por Jon Favreau, um mocito com apenas 27 anos, o mais jovem de sempre a escrever um discurso para a tomada de posse de um presidente americano.

As fotos seguintes foram retiradas do Boston. Lá encontra muitas mais sobre este e muitos outros temas.
Ensaio do desfile realizado nove dias antes.

A tribuna VIP onde viria a realizar-se o juramento, a oito dias do evento.

Funcionário da Casa Branca retira a foto do bronco que ocupava o lugar, uma semana antes de ser substituído por Barack Obama.

A cinco dias da cerimónia Gary McIntire dá os retoques finais numa maquete construída com peças de Lego, em Carlsbad, na Califórnia.

O Capitólio, em Washington, algumas horas antes do evento.

A multidão começa a reunir-se para assistir à cerimónia.

Foto de satélite tirada às 6:19 hora local.

Residentes de Kibera (deve ser bera mesmo...), um dos mais pobres bairros de Nairobi, no Quénia, reunidos para assistir ao empossamento de Barack Obama.

Iraquianos assistem à cerimónia num café, na fortaleza shiita de Sadr City, em Bagdad no Iraque.

Soldados americanos destacados no Iraque vendo o acto via satélite.

Veterano da guerra do Vietname aplaude enquanto assiste pela televisão no Oxford Bar, um dos mais antigos bares de Montana.

O helicóptero que transporta George Bush e a mulher descola enquanto Barack Obama, o vice-presidente Joe Biden e as respectivas esposas acenam, das escadarias do Capitólio, um adeus e não voltes mais, leva saudades que é coisa que cá não deixas...

George Bush dá uma última vista de olhos a Washington, enquanto aquela brilhante cachola deveria pensar qualquer coisa do género: esta malta toda veio aqui para ver entrar o Obama ou para me ver sair a mim?...

Muçulmanos bósnios em sua casa, na localidade de Dejicici, próximo de Sarajevo, na Bósnia Herzegovina.

Homens afegãos - por lá as mulheres não podem ir a sítios destes - assistindo à tomada de posse num restaurante de Kabul, no Afeganistão.

Quarenta anos após o seu protesto silencioso nos Jogos Olímpicos de 1968, na Cidade do México, em que na cerimónia de atribuição das medalhas se apresentaram descalços e ergueram os punhos cerrados, usando luvas pretas, durante a execução do hino nacional americano, Tommie Smith, medalha de ouro, e John Carlos, medalha de prata, ambos na prova dos 200 metros, comemoram com as respectivas esposas, num hotel de Boston, após o juramento do 44º. presidente.

Após o juramento, Barack Obama assinou o seu primeiro acto como presidente: uma proclamação declarando um Dia Nacional da Renovação e da Reconciliação, apelando aos americanos para que se auxiliem mútuamente. O homem é canhoto, o que não significa que seja de esquerda, mas, para aquelas bandas, se calhar já é muito.

Celebração num centro para idosos em Brooklyn, Nova Iorque.

O presidente Barack Obama e a primeira-dama Michelle Obama num dos vários bailes em que marcaram presença, na noite da tomada de posse.

Nesta foto fornecida pela Casa Branca vê-se um envelope deixado por George Bush ao seu sucessor, sobre a secretária das Resoluções, na famosa Sala Oval. Alguns analistas acreditam que a mensagem se deve resumir a quatro palavras: gu-gu dá-dá...

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