





















Completam-se hoje 880 anos sobre esse evento histórico único em que um filho, de apenas 17 anos, bateu na mãe, com as consequências que todos conhecemos. Terá sido o primeiro caso de violência juvenil em alta escala neste pequeno jardim à beira-mar plantado. Naquela altura a recompensa foi tornar-se rei, fosse hoje e batia em nós todos e tornava-se primeiro-ministro. Já há mais de 2000 anos o imperador romano Júlio César terá dito algo como: "Há nos confins da Ibéria um povo que não se governa nem se deixa governar". Mas uma coisa garanto eu; o povo não se governa, mas há muita gente a governar-se à custa dele . Há que dar valor ao rapaz, não fora este jovem e Portugal não tinha estado no Euro2008, ou até podia ter estado, mas com outro nome qualquer.





Pintura de Julius Guzy intitulada Rwandan Genocide. Vale a pena dar uma vista de olhos ao trabalho deste senhor.

Pequena amostra de uma excelente colecção de frases, mais ou menos conhecidas, ilustradas por Ceó Pontual.


O padre António Vieira escreveu o célebre Sermão de Santo António (Sermão aos peixes), o qual foi pregado em 13 de Junho de 1654, na cidade de S. Luís do Maranhão, no Brasil. Faz hoje 354 anos. No entanto ainda se pode ver a sua actualidade, se partirmos do princípio de que não é aos peixes que ele se dirige. Como hoje é dia de Santo António, uns extractos do dito vêm a propósito:
"Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos. Se fora pelo contrário, era menos mal. Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande."

"Diz Deus que comem os homens não só o seu povo, senão declaradamente a sua plebe; porque a plebe e os plebeus, que são os mais pequenos, os que menos podem e os que menos avultam na república, estes são os comidos. E não só diz que os comem de qualquer modo, senão que os engolem e devoram."
"Porque os grandes que têm o mando das cidades e das províncias, não se contenta a sua fome de comer os pequenos um por um, ou poucos a poucos, senão que devoram e engolem os povos inteiros. E de que modo os devoram e comem? Não como os outros comeres, senão como pão. A diferença que há entre o pão e os outros comeres é que para a carne há dias de carne, e para o peixe, dias de peixe, e para as frutas, diferentes meses do ano; porém o pão é comer de todos os dias, que sempre e continuadamente se come: e isto é o que padecem os pequenos. São o pão quotidiano dos grandes; e assim como o pão se come com tudo, assim com tudo e em tudo são comidos os miseráveis pequenos."

"Os maiores comem os pequenos; e os muito grandes não só os comem um por um, senão os cardumes inteiros, e isto continuamente sem diferença de tempos, não só de dia, senão também de noite, às claras e às escuras."

Esta foto foi gentilmente roubada aqui.




Em Maio de 1974, escassos dias após a tal revolução de que ninguém se lembra, o jornal A Bola publicava este cartoon. Andava o Barreirense pela 1ª Divisão e os cidadãos do Barreiro eram universalmente reconhecidos como comunistas comedores de Pides. Hoje os comunistas são uma espécie em vias de extinção (nem o pessoal deste site se lembra deles...). Cá na terra, vão desaparecer com a chegada da nova ponte (não sei se isso é bom ou mau..). O Barreirense aspira, quando muito, a aparecer na Liga dos Últimos.